Flávia D'Angelo

DIA ME TIRO DO CORPO

dia me tiro do corpo o sangue que álcool percorre venoso caminho. chão já não sinto pisar, leve levar. cega de muros tombados abrindo meu ir, vou. pensar feito nada inerte sinapses no tempo. pele dormente vento suado me deixo tocar, abraço sem braço ocupa espaço que faço vazio. olhos abertos cegos do certo erro destino . apenas sigo, sinto, tiro o dentro tormento perdido nas horas que nem vi passar. sou o agora, louca que torta me abro a porta...deixo me entrar.