Tiago Silva Barreto

ROLANDO PELA PEDRA

rolando pela pedra antiga até se misturarem ao rio que assovia
a música que embala o seu ofegar doce prenhe de todas as atrocidades
que recolheremos em garrafas que despejaremos e quebraremos
em silêncio como em silêncio ainda brotam as bocas
dos seus passos sujos que ainda sonham e ainda ofegam
a manhã
enquanto sangras.