Shuma Gorath

MEU CORPO É UM CEMITÉRIO

Meu corpo é um cemitério e cada orifício é uma cova 
teu falo adentra minha boca e o teu gozo falece em minha garganta fico arrepiado em extase e essa sensação escorre minha espinha e se termina em meu esfincter 
cada cova em mim anseia que um toque seu me penetre, aguardando o carinho desvelado, violentando-me, visto que nesse ato eu sinto a vida, que perdida escoa por entre os olhos, ouvidos... 
com desejo eu vomito meu orgasmo, que só nas palavras alcançam algum significado, 
que oculto aos olhos, reverbera n'alma a calma desfigurada, um ato clinicamente explicito de atentado contra a minha pós-vida.