E COMO PARCEIRA
e como parceira, a noite extuba seletiva pedaços coagulados de palavras não ditas. posturas vividas corroeram por dentro as vísceras tolas que te guardavam. a cama se fazia fria , ausente o corpo que não me saciava, por mais que em sinais te mostrava o quanto prazer te pedia. e feito de escuro partido não mais entendia presença na vida de quem procurava o vazio, sentindo naquelas que sempre abertas te recebiam. e nesse poço tão fundo expus o mais sujo do que me era frágil. e todos revelam na face o quanto covarde portou meu respeito. e hoje, livre o peito do desassossego, sem mágoa, pena ou peso, só te agradeço, pois apenas o nada deixaste de ti...