Cruseiro Seixas

AFINAL HOJE

Afinal hoje
mais uma vez a morte
se perdeu no labirinto.

Sobre uma pedra sentada
julga-se uma criança
e chora.

Mais tarde vejo-a pela mão de Lautréamont
caminhando sempre
na infinita extensão
de um leito-mapa-múndi.

Ao fundo rosa
cresce
como cresce o turvo olhar de uma guerra.

Quando o dia começava no seu berço
adormecia a luz.